No espírito do Dia das Mães, o artista de tatoo brasileiro Leonardo Freitas, mais conhecido como Tatuinque, compartilha uma coleção de histórias emocionantes e humorísticas de clientes que—apesar de totalmente adultos, e em muitos casos pais mesmos—ainda se encontram sussurrando a mesma frase: “Minha mãe vai me matar.”
Seja você 18, 30 ou 50, algumas coisas nunca mudam. Para muitos, fazer um tatoo é uma ação profundamente pessoal de autoexpressão. Mas para outros, isso traz uma sombra persistente — o que minha mãe vai pensar?

Leonardo vê isso com frequência no seu estúdio em Rio de Janeiro. Conhecido por seu estilo BlackWork Sketch e ilustrações emocionalmente carregadas, ele tem uma vista privilegiada dos conflitos internos dos primeiros tatoo e veteranos de inks.
Eu tenho clientes com 40 anos que dizem, ‘Minha mãe vai me matar quando ela vir esse tatoo.’. E honestamente, entendo. Eu demorei um pouco para fazer o meu primeiro.

Leo cresceu com uma mãe religiosa que nunca proibiu tatooes de forma direta, mas sua desaprovação silenciosa sempre foi sentida.
Tatooes só tornaram-se socialmente aceitos mais recentemente. Para muitas mães — e especialmente avós — ainda é algo rebelde, mesmo tabu.
Porém, enquanto o medo do julgamento materno é real, também existem momentos de aceitação — e até mesmo alegria.
Da desaprovação para a orgulho: a história de Gabriel
Gabriel nasceu no Brasil e agora vive na Canadá. Sua mãe costumava fazer artesanato manual para ajudar a pagar suas escolas. Inspirado pelo sacrifício e força dela, Gabriel pediu a Leo que criasse um tatoo em sua honra.
Quando ela viu pela primeira vez, a reação não foi o que ele temia — foi profundamente emocional. O tatoo tornou-se um ponte — uma forma de mãe e filho se conectarem em continentes, gerações e inks.
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YO: Um piloto parado por amor
YO, um piloto comercial nascido na Índia e agora voando para Emirates em Dubai, nunca teve tatoo antes. Por quê? Porque temia como sua mãe reagiria. Mas tudo mudou com o nascimento da filha.
Foi seu primeiro tatoo — e disse que finalmente se sentiu corajoso porque agora era o pai.

É uma padrão que Leo notou com frequência: as pessoas só se decidem a fazer tatoo depois de se tornarem mães mesmas.
É como se, uma vez que tenham seus próprios filhos, se sintam que é okay quebrar as regras um pouco.
Pedro: Uma homenagem silenciosa à paternidade
O tatoo de Pedro também surgiu da paternidade. Foi com o nascimento da filha que ele se sentiu pronto — não apenas para fazer o trabalho, mas para enfrentar a reação da mãe. O design reflete seu papel como protegido, uma lembrança da força e vulnerabilidade que vem com a paternidade. E sua mãe? Ela não o matou.

Seph: Uma devotão de mãe
Não todas as histórias envolvem filhos — algumas das mais tocas tattoos de Leonardo vêm de mães mesmas.
Seph, uma mãe da Bélgica, veio a Leo com uma solicitação既 jogosa e profundamente pessoal: um tatoo representando os animais de peluche favoritos dos seus filhos.
Foi uma forma bela de carregar uma parte dos seus filhos com ela para sempre.
Mais do que tinta
Embora cada história seja diferente, há uma linha comum entre elas: amor, medo, tradição — e transformação.
Quando mães entendem o significado por trás de um tatoo, frequentemente mudam sua perspectiva. Eu tive clientes cujas mães acabaram se fazendo tatooes com elas depois.
Para Leonardo, tatooes são mais do que arte — são histórias, conexões e, às vezes, cura.
Leonardo Freitas (Tatuinque) é um designer e artista brasileiro de Bahia, mas mora em Rio. Ele faz seus desenhos únicos no estilo BlackWork Sketch, ensina workshops e atuou como juiz em eventos importantes. Sua presença online é mais do que um portfólio — é uma forma de se conectar com mais de 140.000 seguidores através de vídeos educacionais, reflexivos e humorísticos. Aprenda mais no Instagram @tatuinque.
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